Nota: Para a política de sockpuppets na Wikipédia, veja Wikipédia:Sock puppet.

Sockpuppet é um termo pejorativo para uma identidade falsa (fake) usada para fins fraudulentos dentro de uma comunidade da Internet. De acordo com o Word Spy, "Um sock puppet ... é uma identidade falsa através da qual um membro de uma comunidade na Internet se manifesta enquanto finge que não o faz, como faz um titereiro manipulando fantoches".

Um sock puppet, do qual veio o nome dos sock puppets da Internet.

Nos casos mais simples, um sockpuppet defende ou elogia seu titereiro. Outros exemplos, mais complexos, são descritos em Wikipedia:Sock puppet. O que os unifica não é meramente postar algo sob um pseudônimo, mas ocultar a verdadeira motivação por trás da opinião expressa.

Histórico

editar

O termo foi empregado pela primeira vez na Usenet em referência a Earl Curley, que usava vários pseudônimos para defender seu caráter e argumentos e denegrir seus oponentes.[1] O termo tentáculo foi também comumente utilizado com sentido similar na Usenet em meados dos anos 1990.[2]

Exemplos públicos notáveis

editar

Em anos recentes, exemplos envolvendo figuras públicas dos Estados Unidos incluem:

  • John Lott, autor de More Guns, Less Crime, que, entre 2000 e 2003, postou sob a identidade "sock puppet" de "Mary Rosh",[3] elogiando os ensinamentos de Lott e discutindo com os críticos de Lott na Usenet. O nome também foi usado para postar resenhas espetaculares dos livros dele, e para desacreditar livros de rivais em sítios de livros on-line. Lott admitiu que freqüentemente usava o pseudônimo "Mary Rosh" para defender-se, mas afirmou que as resenhas de livros escritas por "Mary Rosh" haviam sido feitas realmente pelo filho e a esposa dele.
  • Lee Siegel, colunista da revista The New Republic, foi suspenso por defender seus artigos e comentários de blog usando a conta de usuário "Sprezzatura". Um dos tais comentários, defendendo as más resenhas feitas por Siegel sobre Jon Stewart: "Siegel é mais bravo, brilhante e esperto do que Stewart jamais será."[4][5]
  • Em 2006, um alto assessor do então congressista Charlie Bass (republicano) foi apanhado fazendo-se passar por um partidário "preocupado" de Paul Hodes, democrata adversário de Bass, em vários blogs liberais de New Hampshire, usando pseudônimos tais como "IndieNH" ou "IndyNH". "IndyNH" "preocupava-se" que os democratas estivessem gastando dinheiro com Hodes, porque Bass era imbatível.[6]
  • Em 2007, o CEO da Whole Foods, John Mackey, foi flagrado postando no Yahoo Finance Message Board, elogiando sua própria empresa e prevendo um futuro difícil para uma rival, a Wild Oats Markets enquanto ocultava suas relações com ambas as empresas sob o pseudônimo "Rahodeb".[7]
  • Em 2011, a ex-candidata a vice presidente dos Estados Unidos pelo partido Republicano, Sarah Palin foi descoberta ao criar um falso perfil no Facebook para elogiar a si mesma e à sua família. O perfil falso Louh Sarah afirmava adorar a familia Palin, "curtia" os comentários de Sarah, e escrevia amem para frases dela, alem de postar mensagens de apoio moral para a filha da politica, Bristol Palin à época em que participou do programa Dancing with stars. Para seu azar Palin utilizou a sua propria conta de e-mail para criar o perfil, sem saber que outros usuarios tambem tinham acesso à essa informação.[8]

No Brasil, um caso célebre de falsa identidade envolveu em 1999 o empresário Ricardo Mansur e o banco Bradesco. Após haver perdido uma linha de crédito milionária do banco, Mansur começou a divulgar e-mails alarmistas pela internet onde alardeava o risco de quebra da instituição financeira e atentava contra a honra de seus diretores. Mansur foi descoberto pelo delegado Mauro Marcelo de Lima e Silva da Polícia Civil de São Paulo e sua equipe, através do rastreamento do IP da máquina usada por ele.[9]

Ver também

editar

Referências

  1. «Sock puppet (thing)». Sock Puppet. Everything2. 5 de julho de 2004. Consultado em 11 de junho de 2007 
  2. Groups Google
  3. Scholar Invents Fan To Answer His Critics (washingtonpost.com)
  4. Aspan, Maria (4 de setembro de 2006). «New Republic Suspends an Editor for Attacks on Blog». NY Times. Consultado em 11 de junho de 2007 
  5. Cox, Ana Marie (16 de dezembro de 2006). «Making Mischief on the Web». Time. Consultado em 30 de março de 2007 
  6. Saunders, Anne (26 de setembro de 2006). «Bass aide resigns after posing as opponent's supporter online». Boston Globe. Associated Press. Consultado em 30 de março de 2007 
  7. Stewart, James. «Whole Foods CEO Threatens Merger, Fuels Arbitrage». SmartMoney. Consultado em 17 de julho de 2007 
  8. Predefinição:Revista Epoca
  9. MONTEIRO, Marcelo. É falsa a sensação de anonimato na internet em Terra Informática. Acessado em 6 de fevereiro de 2008.

Ligações externas

editar
  NODES
INTERN 6