Superveniência, em filosofia, é um conceito que especifica relação de dependência normalmente entre conjuntos de propriedades.

Os filósofos da última metade do século XX, sobretudo os da filosofia da mente com tendência para o fisicalismo, consideraram úteis os conceitos de superveniência/subveniência por possibilitar admitir um âmbito de conceitos sem ter de admitir a existência real de entidades imateriais ou domínios de ser não naturais. Apesar de as propriedades supervenientes e subvenientes serem as mesmas, no entanto, as propriedades supervenientes não podem ser definidas em termos das subvenientes, ou de algum modo reduzidas as essas.[1]

R. M. Hare, filósofo moral inglês (1919-2002), usou este termo para descrever a relação que ocorre entre as propriedades éticas e as outras propriedades (psicológicas e físicas) das coisas. As propriedades de um tipo F são supervenientes em relação às de outro tipo G, quando as coisas são F em virtude de serem G. Uma propriedade superveniente está relacionada com as propriedades que lhe estão subjacentes. É plausível que as propriedades biológicas sejam supervenientes às propriedades químicas, e estas às físicas. Assim, podemos compreender a relação que ocorre entre diferentes níveis de descrição sem que se tenha de reduzir uma área à outra.[2]

Referências

  1. Dicionário de filosofia. Coordenação de Thomas Mautner. Edições 70, 20110
  2. Simon Blackburn. Dicionário de Filosofia. Gradiva, 1997

Ligações externas

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Brian McLaughlin; Karen Bennett. Supervenience. Stanford Encyclopedia of Philosophy

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