Temístocles (em grego: Θεμιστοκλῆς; ca. 524 a.C.459 a.C.), filho de Néocles,[1][2] foi um político e general ateniense. Liderou o Partido Democrático Ateniense.

Temístocles
Temístocles
Illustrazione di un'erma raffigurante Temistocle
Nascimento 524 a.C.
Atenas
Morte 459 a.C.
Magnesia on the Maeander
Sepultamento Magnesia on the Maeander
Cidadania Atenas Antiga, Império Aquemênida
Progenitores
  • Neocles
  • Abrotonon
Cônjuge Archippe
Filho(a)(s) Archeptolis, Mnesiptolema, Nikomache, Asia
Ocupação político, militar, soldado
Lealdade Atenas Antiga
Religião polytheistic religion

Ancestrais e infância

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Segundo Plutarco, a sua família era obscura; seu pai, Néocles, era do demo Frearriano, da tribo Leonte.[2][Nota 1]

A sua mãe, segundo seu epitáfio, se chamava Abrotono, e era da Trácia.[2] Sua mãe seria da Cária, de nome Euterpe; outras fontes acrescentam que sua mãe era de Halicarnasso.[3]

Durante sua juventude, ele se exercitou no Cinosarges, um ginásio destinado a atenienses filhos de mães estrangeiras, situado próximo ao templo de Héracles (pois Héracles não era um deus legítimo, sendo filho de uma mortal), mas conseguiu, por esperteza, atrair os filhos dos atenienses bem-nascidos para se exercitarem com ele, removendo a distinção entre os estrangeiros e os legítimos.[3][Nota 2]

Temístocles estava ligado à família dos Licômidas, pois quando os bárbaros queimaram a capela da família, localizada em Flía, ele pagou do próprio bolso sua reconstrução.[4]

Carreira política e militar

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A sua principal medida política foi criar uma frota naval capaz de derrotar uma possível invasão persa. Venceu a frota persa de Xerxes I na Batalha de Salamina. Além de criar tal frota, ele foi o líder ateniense contra as frotas navais persas. Temístocles contava aos guerreiros atenienses que considerava a batalha um suicídio.

Ostracismo e exílio

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Essa vitória deu-lhe grande fama. Mas com um caráter muito inflexível para tempos de paz, foi primeiramente lançado no ostracismo, adiante seus adversários tentaram imputar-lhe uma acusação de alta traição. Antes do julgamento, refugiou-se no Reino Persa. Ironicamente, foi no reino que derrotara que foi aceito, pois os persas aceitavam todos os homens experientes que pudessem ajudá-los na expansão de seu império.

Morreu em 459 a.C., provavelmente de causas naturais. No entanto, existe a história de que se envenenou para não cooperar com o rei persa em uma nova campanha contra os gregos.

Filhos e descendentes

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Seus descendentes continuaram tendo importância em Atenas; Pausânias, no século II d.C., descreve o túmulo de um neto de Temístocles, também chamado de Temístocles, e vários descendentes seus que tiveram a honra de carregar a tocha.[5]

Notas e referências

Notas

  1. Atenas foi organizada em dez tribos por Clístenes, denominadas a partir de dez herois; a tribo de Leonte tem seu nome devido a Leos, que sacrificou suas filhas para proteger a comunidade
  2. Péricles, mais tarde, passaria uma lei segundo a qual só seriam cidadãos atenienses quem fosse filho de pai e mãe atenienses, mas após a morte de Páralo e Xantipo, seus filhos legítimos, ele revogou esta lei; assim seu filho ilegítimo Péricles (filho de Péricles) pôde se tornar cidadão.

Referências

  1. Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 1.36.1
  2. a b c Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Temístocles, 1.1
  3. a b Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Temístocles, 1.2
  4. Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Temístocles, 1.3
  5. Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 1.37.1
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