Termitomyces eurhizus

Termitomyces eurhizus é uma espécie de fungo Agaricus, pertencente à família Lyophyllaceae, nativa do Paquistão, Índia, Sri Lanka, Burma, Malásia e do sudoeste da China. Este fungo exerce relação simbiótica com cupins, ocasionando o crescimento após os períodos de chuva.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaTermitomyces eurhizus

Classificação científica
Reino: Fungi
Divisão: Basidiomycota
Classe: Agaricomycetes
Ordem: Agaricales
Família: Lyophyllaceae
Gênero: Termitomyces
Espécie: T. bulborhizus
Nome binomial
Termitomyces eurhizus
(Berk.) R. Heim

Taxonomia

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O botânico Miles Joseph Berkeley nomeou o fungo em 1847 como Angaricus eurhizus, a partir do material coletado no subúrbio de Peradeniya, no Sri Lanka.[1] Em 1942, O botânico francês Roger Heim reclassificou a espécie como Termitomyces eurhizus.[2] O pertencimento ao gênero Termitomyces foi confirmado após um estudo de DNA ribossômico de 2000, sugerindo a influência de cupins na formação do clade.[3]

Descrição

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A parte superior do fungo varia de 6 a 15 cm de diâmetro, com oscilações raras de até 24 cm de diâmetro.[4] De tom cinzento-castanho desvanecido e esbranquecedor, a parte superior é convexa antes de expandir-se nas margens. As guelras são livres e a haste não-anelar tem dimensões de 20 cm de altura e de 1,5 a 2,5 cm de diâmetro. Em relação aos poros, tem-se a impressão de esporos cor-de-rosa e em formato oval, variando de 6,8 a 9,3 μm de comprimento por 5,1 a 6,8 μm de largura.[5]

Formação ecológica

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Amplamente distribuído, o fungo T. eurhizus é encontrado no Paquistão, Índia, Sri Lanka, Birmânia, na Malásia e no sudoeste da China. Semelhante aos outros membros do mesmo gênero, os cogumelos crescem fora dos cupins.[4] O T. eurhizus está associado à espécie de cupim Macrotermes gilvus, presente em Selangor, na Malásia, e ao cupim Odontermes badius, presente no Sri Lanka. Juntos, o fungo e os cupins exercem uma relação de simbiose, associação na qual ambos os indivíduos têm vantagens mútuas. Os cupins cultivam o fungo na parte interna de material vegetal, que futuramente serão consumidos. Os nutrientes presentes são digeríveis pelo fungo e, após a chuva, o fungo é desencadeado na produção de grandes cogumelos que crescem e se espalham em outros locais.[3]

Consumo

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Em outubro de 1972, auferiu-se que este fungo era vendido em mercados do distrito indiano de Midnapor, no estado de Bengala Ocidental.[5] No Quedá, conhecido como cendawan kaki lembu, o fungo é consumido pelos habitantes locais.[4]

Referências

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  1. Berkeley MJ (1847). «Decades of fungi, xv–xix. Ceylon Fungi». Hooker's London Journal of Botany. 6: [482] 
  2. Heim R. (1942). «Nouvelles études descriptives sur les agarics termitophiles d'Afrique tropicale». Archives du Muséum National d'Histoire Naturelle (em francês). 18 (6): 107–66 
  3. a b Frøslev TG, Aanen DK, Laessøe T, Rosendahl S (2003). «Phylogenetic relationships of Termitomyces and related taxa». Mycol. Res. 107 (11): 1277–86. doi:10.1017/S0953756203008670 
  4. a b c Pegler DA, Vanhaecke M (1994). «Termitomyces of Southeast Asia». Kew Bulletin. 49 (4): 717–36. JSTOR 4118066 
  5. a b Purkayastha RP, Chandra A (1975). «Termitomyces eurhizus, a new Indian edible mushroom». Transactions of the British Mycological Society. 64 (1): 168–70. doi:10.1016/S0007-1536(75)80093-3 
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