Hiroki Azuma

Excelente livro de teoria crítica, explorando como a cultura ligada à terceira geração masculina de otakus japoneses pode nos ajudar a entender o pós-modernismo em geral, isto é, os hábitos e modos de funcionamento cultural do realismo capitalista pós década de 90. Estabelece o contexto histórico, passando dos primeiros otakus e sua construção de mundos ficcionais até que esse arcabouço é deixado de lado pela ideia de base de dados. E de fato, depois de ler sobre o modelo da base de dados, em sua estrutura de duas camadas, onde pequenas narrativas são feitas a partir de uma grande não-narrativa de elementos e operações (a base de dados), minha visão sobre animes em geral já mudou. De modo que passa a ser muito mais compreensível e aproveitável o fenômeno dos reboots, inúmeras versões, serializações incongruentes que abundam essa indústria. Pois o conceito de chara-moe, usando pontos-moe, de modo a investir em uma afetação fragmentada, baseada em personagens, explicita e formaliza toda uma série de operações nessa área. É que Azuma mostra algo importante - não é porque se está em uma lógica de simulacros, em contraposição ao modernismo das narrativas e estruturas arbóreas, não é por existir essa ruptura, que o modelo de construção é desestruturado ou indeterminado. É preciso investigar e determinar essa estrutura. E liga-la a exemplos, como animes (Megazone 23, Evangelion, Nadesico), autores de light-novels, e jogos de conquista de garotas. Por sua vez, tudo isso contribuirá para a consolidação de conceitos e estruturas que nos farão refletir melhor sobre o capitalismo ainda hoje em dia, e suas formas de sociabilidade. Eu mesmo, esses dias, estava repensando a ideia de recusa matrimonial e a saga star wars da disney a partir das ideias que ia lendo aqui.… (more)

The database model of character traits resonates with my experiences watching anime and observing anime fans. I've noticed that anime tends to produce really out-there and interesting characters, which I often find inspiration in when creating NPC's in tabletop RPG's I am DM'ing. So this explains where that comes from. How the "moe-elements" build on each other and evolve reminds me of W. Brian Arthur's argument about technology evolution, which supposedly piggybacks off of Kuhn's "The Structure of Scientific Revolutions."

I find thinking about the world in this way to be helpful, it helps me picture how individual things came to be the way they are. It also helps by demystifying the idea of "genius," and instead shows how acclaimed ideas are usually just one chain of evolution formed by a combination of previous ideas, which just so happen to produce something universally recognized and praised. It makes creating things much less intimidating!

I appreciated how he described postmodern ideas in accessible ways, which often isn't the case with thinkers like Baudrillard and Derrida.

Unfortunately, when trying to defend Otaku, he says homosexuality is a perversion, and lists it as such next to pedophilia. If the book was written pre-1970s I may just roll my eyes and continue reading, but this was published in 2001, and then again in 2009. Really?… (more)